Um cão chegou à clínica apresentando prostração e emese,vacinas em dia,foram realizados Função Renal, Função Hepática, os quais deram dentro dos valores de referência,glicemia e Hemograma, o qual apresentou uma anemia normocitica normocrômica apenas.
Realizado US-nada digno de nota e exame de urina que apresentou densidade urinária de 1,012(1,015-1,035),exame químico: ph.6,5 (5,5-7,5), proteinas. 2+, sangue oculto.2+ e bilirrubina. traços
Na sedimentoscopia foi observado diversas células epiteliais (com aglomerados e cilindros epiteliais), células de pelve,cilindros granulosos e raros cristais de bilirrubina, alguns espermatózoides também foram observados e por campo havia de 13 à 20 hemácias, e os leucócitos eram raros.
Cristal de Bilirrubina.citologia urinária.
aglomerado de células epiteliais.citologia urinária corado com Panótico Rápido.
Após alguns dias após tratamento com soroterapia,antibioterapia foi observado que os linfonodos submandibulares e poplietos estavam levemente infartados e foi através de aspiração de agulha fina puncionado o linfonodo poplíteo esquerdo para realização de citologia e foi feito mais um hemograma, o qual revelou uma anemia normocitica normocrômica mais grave,o hematócrito passou de 37% para 27% e os leucócitos totais que antes eram de 12.800 passou para 23.000(NORMAL DE 8.000-16.000).
Citologia do linfonodo, corado com Panótico Rápido.Pode-se observar em sua maioria pequenos linfócitos e Plasmócitos.
A citologia do linfonodo revelou apenas uma hiperplasia linfóide, descartando assim a possibilidade de linfoma.
A cada 2 dias o hemograma era repetido e novas tentativas de antibióticos eram tentados.
O animal foi piorando cada vez mais,tudo que comia vomitava,não queria mais levantar, não apresentava febre e sua respiração era sempre ofegante.
Um raio x do torax foi feito onde revelou-se uma estenose esofágica, iniciou-se uma alimentação com ração moida com agua morna e em superficie alta.
Final de dezembro foi feito um novo hemograma e para nossa surpresa,os leucocitos que antes eram de 23.000 passou para 70.000,sendo agora mais de 90% formado por células linfóides, foi observado agregados linfocitários, linfoblastos (células jovens que não deveriam ser vistas na circulação sanguínea).
A partir daí começou a suspeitar de Leucemia Linfóide, foi aconselhado a se fazer um exame de mielograma para confirmar a neoplasia mas a proprietária recusou.
Aglomerado de Linfócitos visualizados em sangue periférico durante diferencial.
Último hemograma foi feito na véspera de NATAL, e agora seus leucócitos eram de 164.000,anemia normocítica normocrômica,contagem plaquetaria era de 130.000 (moderada trombocitopenia),proteinas totais de 7,4 discreta anisocitose.
Sua população era predominantemente composta por LINFOBLASTOS,algumas sombras de grumpecht foram observadas,a qual na maioria das vezes quando observada é sugestivo de neoplasia.
O diagnóstico foi sugestivo de LEUCEMIA LINFÓIDE não sendo possivel ser confirmado pelo mielograma.
Proprietário após esse exame optou pela eutanásia.
As neoplasias do sistema hematopoiético são comuns em cães e gatos. Apesar das leucemias representarem menos de 10% destas, sendo consideradas raras, deve-se atentar para os sinais clínicos que quase sempre são vagos e inespecíficos (COUTO, 2006).
A transformação neoplásica pode ocorrer em qualquer etapa no processo de proliferação e maturação. Quando esta se apresenta nas células precursoras (blastos), ocorre uma maciça proliferação de células indiferenciadas que são incapazes de sofrer maturação (leucemias agudas). Já quando a transformação
ocorre mais tardiamente na linhagem celular, apresentará uma super produção de células maduras e diferenciadas (leucemias crônicas) (COUTO, 2006; DOBSON et al, 2006).
Leucocitose ou leucopenia podem ser observadas em neoplasias hematopoiéticas. Em
pacientes com leucemia, é mais freqüente, uma leucocitose marcante, sendo que nos casos agudos, são observadas células imaturas na circulação sanguínea e na medula óssea. Este fenômeno também é observado no estagio V dos linfomas (quando apresentam infiltração secundária da medula óssea por linfócitos), sendo que neste, os blastos apresentam se em menor quantidade se comparados com as leucemias linfoblásticas agudas (LLA) (MORRIS et al., 1999; BANGER, 2003).
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
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Olá,lancei uma petição online para que o laboratório Virbac produza no Brasil o medicamento “Virbagem Omega”,trata-se de um medicamento para Leucemia Felina(FeLV)e Aids(FIV) eles já produzem na Europa ha mais de 12 anos,enquanto por aqui milhares de gatos e cachorros morrem com essa doença,o medicamento não é a cura,mas proporciona uma ótima qualidade de vida aos animais,por isso criei uma petição online para sensibilizar o laboratório,estou pedindo que compartilhem até chegar a eles(Virbac) agradeço. https:///po/petition/Virbac_do_Brasil_Produzam_no_Brasil_o_Interferon_Omega_FelinoVirbagen_Omega/
ResponderExcluirdra. Grazi, como podemos entrar em contato?
ResponderExcluirGostaria de contar com sua experiencia qto à PIF.
nosso gatinho esta com suspeitas.
ja esta com veterinario acompanhando sim. mas queria trocar idéia contigo. é possível?
obrigado
Prezada Dra. Grazi
ResponderExcluirImagine um livro de sua autoria abordando assunto de sua especialidade
sem se preocupar com elaboração do conteúdo.
Assim poderá compartilhar o conhecimento da melhor forma,
sendo também ferramenta para fidelizar e gerar novos pacientes,
entre outros benefícios.
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Estou à disposição para maiores esclarecimentos.
Obrigado e até breve!
Oscar Silbiger