segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

EXSUDATO INFLAMATÓRIO.FELINO.SRD.FÊMEA.3 MESES.

Felino chegou à clínica pesando 1kg, animal estava bastante magro, havia sido encontrado na rua há poucos dias.
Apresentava dispnéia respiratória.
temperatura-39,5c, mucosas pálidas e puliciose.
Ao tentar retirar amostra de sangue veia cefálica estourou muito fácil e nova tentativa foi feita na veia jugular e a mesma estourou também.
Administrado fluidoterapia subcutânea.
Dia seguinte voltou para realização de hemograma:
Hemácias.4,0 mil/mm3
Hemoglobina.6,7g/dl
proteinas totais.7g/dl
Hematócrito.22%
eritroblastos.3%

Leucócitos totais.36.600
bastonetes 1464 (4%)
segmentados.32208 (88)
linfócitos.2928 (8%)
eosninófilos. 0 (0%)
monócitos.0 (0%)

plaquetas.60.000mil/mm3
com moderada anisocitose e policromasia
observado neutrófilos tóxicos e linfócitos reativos,alguns sendo vacuolizados.

NEUTRÓFILO BASTONETE COM DISCRETA TOXICIDADE.

OBSERVADA MODERADA ANISOCITOSE E DIFERENÇA DE TAMANHO ENTRE LINFÓCITO E NEUTRÓFILO

Solicitado RAIO-X com suspeita de ruptura de diafragma.
laudo: efusão pleural.
consolidalidação lobar?

animal medicado com antibiótico, realizado fluidoterapia.
Animal a cada semana emagrecia mais e sua respiração piorava.

Drenado 6ml de líquido através de toracocentese.


Liquido de aspecto turvo
coagulação estava ausente
cor:amarelada e inodoro
densidade.>1,04
sangue.4+ (>250)
ph.7,5
leucocitos.2+
proteina.4+ (>5g/dl)

o liquido apresentava uma alta celularidade >10.000

ESFREGAÇO INTERROMPIDO.

Foi feito o hematócrito do liquido para suspeita de ruptura de baço,e o resultado sendo 12% (não sendo maior que a do sangue que era de 22%,descartando assim essa possibilddae)
não foi feito dosagem de triglicerides para possibilidade de efusão quilosa.

Na analise citológica foram observados uma grande uantidade de bactérias,tanto fagocitadas como extra celular.
Grande quantidade de neutrófilos na sua grande maioria degenerados.
Eritrofagia foi também observado e alguns linfócitos.
Grandes macrofagos foram observados.




GRANDE QUANTIDADE DE BACTÉRIAS PODEM SER OBSERVADOS DENTRO DAS CÉLULAS.


Sendo então caracterizado como EXSUDATO INFLAMATÓRIO SÉPTICO.




Os exsudatos são decorrentes do aumento da permeabilidade capilar secundária à inflamação ou estímulo quimiotático.
O exsudato contém elevada concentração de proteinas e alta contagem de células nucleadas. O teor de proteinas totais geralmente é superior a 3g/dl, enquanto a contagem celular é acima de 5.000células/microlitros. As causas infecciosas que causam formação de exsudatos incluem bactérias, fungos, vírus ou protozoários, como Toxoplasma.
As causas não infecciosas envolvem inflamação de órgãos, como pancreatite, esteatite, neoplasia inflamatória, perfuração intestinal, abscesso pulmonar e substâncias irritantes, como bile e urina (RASKIN,2003).

Principais causas de efusão pleural em felinos:
Exsudato séptico
Pleurite séptica Piotórax
Infecção com disseminação linfática ou hematógena
Feridas por mordeduras
Rupturas de estruturas mediastinais
Extensão de pneumonia
(HELOISA JUSTIN)
Os primeiros sinais clínicos da efusão pleural são imperceptíveis ao proprietário. O gato apresenta uma grande capacidade de reserva respiratória e uma habilidade em lidar com o acúmulo de líquido, limitando a sua própria atividade física, compensando desta forma a presença da efusão pleural. Num estágio mais avançado da enfermidade, os proprietários relatam como queixas principais os episódios de depressão, anorexia, perda de peso progressiva, intolerância ao exercício, tosse e dificuldade respiratória. Nos casos crônicos onde a reserva respiratória dos animais já se encontra no seu limite, torna-se prioritário uma manipulação cautelosa do gato, pois este pode vir a óbito durante o exame físico.
No exame físico, a dispnéia inspiratória é o sinal clínico mais comum. Os animais encontram-se freqüentemente em decúbito esternal com os membros torácicos em abdução. Os gatos apresentam expressões faciais de ansiedade e dificuldade em expandir os pulmões. Alguns felinos respiram com a boca aberta, o que não é comum para a espécie. Na maioria das vezes, observa-se ausência de secreção oronasal.
Na auscultação torácica, os sons cardíacos estão abafados e os sons respiratórios encontram-se aumentados dorsalmente e diminuídos ventralmente. A taquipnéia, a cianose ou a palidez de mucosas, a desidratação e a temperatura anormal podem estar presentes.

O reconhecimento da efusão pleural começa com os achados do exame físico (inspeção e auscultação) e é estabelecido pelo estudo radiográfico da cavidade torácica ou pela toracocentese. Exames complementares são fundamentais para determinar a causa da efusão pleural (HELOISA JUSTIN)

3 comentários:

  1. Valeu pelas infosss!!! Vi a vaca da Biola ontem!!! Tô compartilhando esse texto!

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  2. Parabéns pelo Blog...grata por compartilhar!
    Beijos
    Roberta

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  3. Boa tarde sou estudante e gostaria de solicitar sua autorização para reproduzir este caso em um trabalho(apresentação) em aula. Também gostaria de saber qual é a fonte dos valores de referência. Obrigada! parabéns pelo blog!

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